Um espaço para a Cultura Negra da Amazônia

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TRAZIDOS DA MÃE AFRICA E ADOTADOS PELA MÃE AMAZÔNIA, COM O SANGUES DOS GUERREIROS DE NOSSOS ANCESTRAIS CRESCEMOS E CRIAMOS FRUTOS DELICIOSOS PARA NOSSOS GUERREIR@S E AMARGOS PARA NOSSOS INIMIGOS. A MUSICA, A LITERATURA, A DANÇA, A RELIGIÃO A ARTES PINTADAS EM NOSSOS CORPOS SÃO NOSSOS ESCUDOS.. QUE OS ORIXAS, SANTOS E ESPIRITOS ILUMINADOS NOS GUIEIS.. AXÉ BOA VIAGEM SEJAM BEM VINDO A BAIXADA..

sábado, 29 de janeiro de 2011

FOTO DA TRAGEDIA TV. 03 DE MAIO


TRAGEDIA ANUNCIADA EM BELÉM





Hoje dia 29 de janeiro de 2010 sábado de muita chuva em Belém, fui fazer o programa Revolusom, na Radio Comunitária FM Cabana 87.9 MHz, depois de 1 mês e meio afastado por problemas pessoais, voltei ao programa, ele estava massa varias pessoas conectada no Dion FM e via internet, eu estava tocando um som do mc Gaspar (terra firme) e fui surpreendido com um companheiro da radio Marcos Suelo, que entrou ao vivo via link da Rua 03 de maio, onde ele informava que tinha acabado que cair um prédio e vários operários tinha morrido, isso já era quase 15: hs. O prédio ainda estava em construção e estava em faze final nos seus 35 andares. Porra uma tragédia, mais infelizmente já anunciada, pelos descasos das autoridades e da ganância de empresários e empreiteiros que insistem em construir prédios com mais de 15 andares na cidade de Belém. Com vários estudos e pesquisas sabemos que o solo de Belém não é propício para esses empreendimentos, mas a ganância dos homens que não leva em contar o poder da natureza faz com que mais uma vez nosso povo padeça na mão dos gananciosos empresários. Pelas noticias soube que são cinco os operários que estão em baixo dos escombros, todos trabalhadores e operário que moram nas periferias e por causas do descaso dos governantes e empresários tem que se submeter em trabalhar nessas condições, principalmente no sábado e domingo na possibilidade de terem uma hora extra, pois só o salário não dar para pagar suas contas e colocar alimentos para suas casas. Agora todos estão lá: Prefeito, Governador, vários políticos, mais amanhã a sina continua, pois existem mais de 20 construções desses prédios em Belém sem nenhuma fiscalização dos órgãos competente. Expresso aqui minha revolta e minhas condolências pela vitimas que são como nos trabalhadores e operários jogado a sorte e proteção de Deus e nossa Senhora de Nazaré.      

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

POESIA MINHA CASA ... CONTRA A CONSTRUÇÃO DA HIDELÉTRICA DE BELO MONTE





MINHA CASA
Aos que agridem minha terra
Minha casa
Meu lar
Ergo minha voz
Minhas palavras
Ecoaram pelo ar
Clamando por guerreiros e guerreiras
Com arco e flexa na mão
Microfone
Enxadas
Descalços de pé no chão
No levantes erguidos
Pela batalha
Pela dignidade justiça e liberdade
Por mossa mata  
Aos que agride minha
Terra minha casa
Meu lar
Ribeirinhos
Quilombolas
Indígenas
Prontos para lutar
No fronte na rima
No papel
Meu não a
Belo monte
Na poesia
Preto Michel

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O assobio Da Matintaperera





Todo mundo tinha medo da ultima casa no final da rua, ela dava certo para o matagal. Sempre fechada de dia, e com uma luz bem fraquinha pela noite, movimentos contínuos de uma velha lamparina, a casa sempre era rodeada com cheiro forte de tabaco misturado a maconha principalmente nas noites sem lua, com chuva e frio. Caleb era um viciado em pasta de cocaína, só fumava pela noite, depois do trabalho, ele tinha que fumar escondido de sua família porque todos eram evangélicos, caleb sempre convidava seu parceiro Tavinho, um jovem iniciante na arte de fumar pasta de cocaína.

- Porra Caleb, tu sempre vem fumar pra cá, pra porra desse matagal, e logo aqui perto da casa da velha que vira porco e matintaperera.
- Deixa de ser medroso, todo mundo falar dessa mulher, que ela vira porco, que vira
matintaperera.
- Merda nenhuma, essa mulher nem morar, mas ai,
- Me passa logo a maconha!

Caleb e Tavinho passavam horas no matagal fumando pasta de cocaína com maconha. Certa vez numa dessas noites ele viu uma mulher nua com cabelos negros no rosto vindo em sua direção com uma voz roca dizia:

- Ei moleque me da uma tapinha ai dessa tua maconha.
- Porra que mulher gostosa!
- cadê ela? Ela desapareceu! Num vou e um assobio estrondoso.

Sorrindo Caleb sempre se lembra desse fato como se fosse uma liga, da maconha boa e da pasta de cocainha que era vendida na boca de fumo do Wagner, ele sempre ia comprar lá no fim do canal, na ultima rua da baixada. Wagner sempre foi temido na baixada já tinha sido preso por dois homicídios e por vários assaltos a bancos, ele comandava a boca que dava mais dinheiro na quebrada, ali vinha viciados de todos os bairros da cidade, ele ficou famoso por matar e destruir varias bocas de fumos de seus rivais ali da baixada. Tem como parceiro Benezinho e Aline. Benezinho era o cara que ficava responsável por sua segurança, já Aline era mina que fazia as finanças, Aline sempre foi apaixonada por Wagner, mas ele só consegue está com ela em seus momentos de solidão. Aline tinha uma cisma, e muita raiva de uma suposta amante misteriosa de Wagner, ela sempre ficava furiosa; porque toda sexta feira Wagner mandava todo mundo ir embora de sua casa, todos sabiam que lá ficava trancada uma mulher misteriosa, o mistério persistia porque Wagner não gostava de tocar no assunto e nunca ninguém tinha visto a tal mulher.

- Wagner você vai receber aquela mulher misteriosa amanhã?
- Porra Aline eu já te falei que não quero que tu fales nesse assunto.
- Porra eu to aqui todo preocupado com o puto do Tonhão.
- Aquele safado: ta aprontando alguma pra me ferrar.
- Porra Wagner então porque você não me deixa ver ela?
- Caralho.. Aline deixa esse assunto quieto, você já fez a contabilidade da semana? a manhã e dia de recolhimento porra!

Toda sexta feira em noites de céu negras sem luas era o mesmo ritual, quando dava meia noite em ponto, Wagner, mandava todo mundo sair da sua casa e apagava luz e deixava sozinha a mulher misteriosa no escuro. Quem passava ali por perto sempre sentia um cheiro muito forte de tabaco e maconha, certo dia numa sexta feira Caleb tinha ido a uma festa na casa de seu primo era uma sexta feira já se passava mas de 1:hs da madruga, Caleb entrou na rua do canal era uma noite sem lua, estava com neblina muito forme, de  repente bateu uma fissura em Caleb.

- Porra to com uma fissura de um fumar uma pasta.
- Mas já ta tarde será que o Wagner ainda tai.

Caleb sempre assobiava antes de bater na porta de Wagner. Ao se aproximar da casa de Wagner, Caleb ouviu um assobio forte perto ao seu ouvido, olhou para traz, mas não viu ninguem, Caleb ficou arrepiado e sentiu um forte cheiro de maconha, misturado com pasta de cocaína.

- Porra o Wagner ta se matando na pasta se der sorte ele vai me dar uma de graça.
- Wagner... Wagner abri ai, e o Caleb.. Porra cara me dar uma de 10

Caleb abril a porta que estava só encostada e viu a casa toda escura, mas lá no cantinho tinha uma mulher de costa com vestido negro e cabelos bem longos no rosto. Ela estava perto de uma vela, não falava nada só fumava um tarugo bem grande de maconha, no mesmo momento baixou um calafrio em Caleb, mas mesmo assim ele perguntou por Wagner:

- Oi moça cader o Wagner?
- Ei moleque ele não ta, mas agora que você falou comigo
- Agora vai ter pagar um preço por isso
- amanhã as seis horas da manhã noite vou passar em sua casa, vou bater na tua porta e você vai ter me dar uma março de maconha com pasta de cocaína.

A voz daquela mulher fez Caleb ficar paralisado, porque ele viu um rosto e uma imagem que fez ele se apavorar e se lembra de seus piores medos. Caleb saiu correndo com olhos arregalados soando frio, correu , correu e só parou quando ouviu uma sirene, era o carro da policia, o policial gritando:

- Mão na cabeça vagabundo.
- para ai, se não eu atiro.
- socorro tem uma mulher estranha naquela casa
- cala aboca vagabundo cadê o Wagner
- fala cadê o Vagner.

Depois de dar uma surra em caleb só policiais decidem invadir a casa de Wagner.

- Ei sargento vi um vulto dentro casa deve ser ele.
- vamos invadir se ele resistir atira pra matar.

Os policiais cercaram a casa de Wagner e pelo um susto viu um vulto de preto passar como um vôo de um pássaro com um cheiro forte de maconha, o vulto preto sumiu no final da rua desaparecendo dentro do matagal. Wagner por ter enganado os policias e não ter mais pago sua parte no final de semana, acabou sumindo da baixada, ninguém sabe se ele está morto ou se mudou de cidade. Benezinho acabou morrendo na mão da policia, Aline esta amigada com um traficante que era rival de Wagner, ela continua com a função de contadora do trafico, Tavinho ficou fissurado mais ainda pelas drogas e trabalha só pra consumir seu vicio, Caleb jura até hoje que viu uma matintaperera, mas agora da o nome a ela de coisa do demônio, ele prega agora em uma Igreja Quadrangular, e em suas pregações diz que lutou com o demônio revestido de mulher porco: a matintaperera, e  que saiu vitorioso, Caleb largou as drogas e sempre anda com uma bíblia na mão. A casa velha no final da rua continua lá, a mulher misteriosa, vira e mexe em noites sem lua, com chuvas e fazendo muitos frios, sempre aparecem próximo a uma boca de fumo, muitos dizem que ela ta mais viciada, muitos dizem ela esta mas  louca, mas a ninguém se atreve a prometer um baseado de maconha principalmente em noites de sexta feira beirando a meia noite.   

Preto Michel       



SOUL MUSIC SOUL ALMA


TIM MAIA Soul Brasil


TIM MAIA Soul Brasil ... para matar saudades

Assim como o rock, a soul music de nomes como James Brown, Otis Redding e Aretha Franklin também teve grande penetração no cenário da música brasileira dos anos 60. Traços do balanço negro americano podem ser detectados em algumas das primeiras músicas de Jorge Ben Jor (Agora Ninguém Mais Chora, Negro É Lindo, Que Nega É Essa) e, mais flagrantemente, em outras de Wilson Simonal na fase Pilantragem (caso de Mamãe Passou Açúcar em Mim, País Tropical, Tributo a Martin Luther King). No entanto, foi um dos companheiros de Ben Jor na turma roqueira da Rua do Matoso, na Tijuca (onde também apareceram Roberto e Erasmo Carlos) quem iria iniciar a saga do soul brasileiro: Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia.

Aos 17 anos de idade, em 1959, Tim embarcou para os Estados Unidos, onde se enfronhou na black music, chegando a participar do grupo The Ideals. Já aqui, começou a compor no estilo da soul music que havia ouvido na América. Logo sua fama começou a correr e, em 1969, Elis gravou em dueto These Are The Songs (uma das várias canções que Tim tinha escrito em inglês), que saiu no disco Em Pleno Verão. Em 1970, ele gravou seu primeiro disco, Tim Maia, um dos maiores sucessos do ano, amparado em músicas suas como Azul da Cor do Mar, uma baião soulidificado (Coroné Antônio Bento, de Luís Wanderley e João do Vale) e Primavera, composição de um futuro gigante da soul music brasileira: Genival Cassiano. Paraibano, ele começou tocando violão no Bossa Trio, que deu origem ao grupo vocal Os Diagonais, que se empenhava na mistura de soul e samba na virada dos 60 para os 70. Sua carreira solo começou em 1971, com o LP Cassiano, Imagem e Som.

Ainda em 1970, a soul music brasileira explodiria no V Festival Internacional da Canção, com a vitória, na fase nacional, de BR-3, canção de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, defendida por Toni Tornado, que seguiria como intérprete, em discos sempre sob a bandeira da black music. Tim Maia, por sua vez, iria década adentro enfileirando sucessos, como Não Quero Dinheiro (só quero amar), Réu Confesso e Gostava Tanto de Você. Cassiano emplacou duas: A Lua e Eu e Coleção, parcerias com o guitarrista Paulo Zdanowski. Já em 1975, apareceria a terceira grande força do soul brasileiro, ao lado de Tim e Cassiano: o baiano Hyldon, que estourou a sua balada Na Chuva, Na Rua, Na Fazenda, faixa-título de seu primeiro disco, que ainda deu os sucessos Na Sombra de uma Árvore e As Dores do Mundo. Tim maia hoje tras muita saudades e é inpiração aos novos adeptos da soul music no Brasil. 

Pesquisa e texto
Preto Michel

Propostas culturais para Lei Rouanet podem ser apresentadas a partir do dia 1º Feverereiro


Interessados em enviar propostas culturais para obter incentivos fiscais da Lei Rouanet podem encaminhar suas ideias a partir do dia 1º de fevereiro. Podem apresentar propostas pessoas físicas com atuação na área cultural (artistas, produtores culturais, técnicos da área cultural, etc.); pessoas jurídicas públicas de natureza cultural da administração indireta (autarquias, fundações culturais, etc.); e pessoas jurídicas privadas de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos (empresas, cooperativas, fundações, ONG’s, Organizações Culturais, etc.). O prazo para cadastramento de propostas vai até 30 de novembro. 
A Lei Rouanet é uma forma de estimular o apoio da iniciativa privada ao setor cultural. O proponente apresenta uma proposta cultural ao Ministério da Cultura (MinC) e, caso seja aprovada, é autorizado a captar recursos junto a pessoas físicas pagadoras de Imposto de Renda (IR) ou empresas tributadas com base no lucro real visando à execução do projeto.
Os incentivadores que apoiarem o projeto poderão ter o total ou parte do valor desembolsado deduzido do imposto devido, dentro dos percentuais permitidos pela legislação tributária. Para empresas, até 4% do imposto devido; para pessoas físicas, até 6% do imposto devido.
A dedução concorre com outros incentivos fiscais federais, sem, contudo, estabelecer limites específicos, o que poderá ser aplicado em sua totalidade no incentivo à cultura. A opção é do contribuinte.
Documentos necessários e mais informações estão disponíveis no site do Ministério da Cultura.
http://www.cultura.gov.br